Autocuidado de janeiro a janeiro

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Autocuidado de janeiro a janeiro

O cuidar é uma tarefa muito feminina, porém, o cuidar de si, muitas vezes, é deixado de lado. No entanto, cada vez mais torna-se fundamental desacelerar as atividades e ter esse autocuidado.

 

A rotina escraviza e, muitas vezes, impede de a mulher parar e se observar. É preciso um olhar atento para perceber o que nosso corpo nos diz.

 

Com o autoconhecimento é possível ter consciência de nossa condição física e mental e, desta forma, buscar um modo de resolver o problema identificado.

 

Você demonstra isso quando ingere mais água se percebe sede ou se a urina fica mais escura; come fibras se está com prisão de ventre; toma um chá se está passando por um período de mais estresse.

 

Parecem detalhes, mas são formas de autocuidado que podem prevenir situações futuras.

 

Também faz parte do autocuidado conhecer e se informar sobre as doenças mais comuns, assim como fazer os exames preventivos necessários para cada fase da  vida.

 

Após os 40 anos, por exemplo, a mulher deve fazer mamografia anual, independente do histórico familiar e mesmo não apresentando qualquer sintoma. 

 

 

 

Outubro Rosa: o autocuidado é necessário

 

 

A campanha Outubro Rosa foi criada justamente para conscientizar as mulheres da necessidade do autocuidado e alertar sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama e mais recentemente sobre o câncer de colo do útero.

 

O câncer de mama é o câncer mais incidente nas mulheres em todo o mundo. E, infelizmente, é também a principal causa de morte por câncer no sexo feminino.

 

Não existe um comportamento ou medicamento que impeça o surgimento do câncer de mama e é aí que entra a importância do autocuidado.

 

Manter uma alimentação saudável, o peso adequado e realizar exercícios físicos são fatores que evitam várias doenças e são medidas de autocuidado essenciais, mas ainda assim o câncer pode surgir.

 

Os exames regulares são ainda mais importantes. O câncer, quando detectado pequeno (até 1cm), tem uma chance de cura maior que 90%.

 

A mulher que realiza a mamografia regularmente receberá o diagnóstico de câncer de mama bem no início.

 

O movimento do Outubro Rosa lembra as mulheres da importância da detecção precoce da doença.

 

Além de ter maiores chances de cura, o tratamento será menos agressivo, evitando, por exemplo, a retirada de toda a mama ou a necessidade de quimioterapia.

 

 

O que é uma mamografia?

 

É uma radiografia das mamas. Apresenta uma baixa dose de radiação e fornece uma imagem do interior das mamas e parte das axilas.

 

Durante a avaliação, um médico especialista analisa essas imagens e procura algo de anormal.

 

Os achados anormais podem ser nódulos ou calcificações que não são percebidos pelo exame de toque da mulher ou do médico, pois são muito pequenos ou localizados em regiões profundas das mamas.

 

Existem duas indicações para a mamografia. A mamografia de rastreamento é quando a mulher não sente qualquer sintoma, mas realiza seu exame anual de rotina.

 

Já a mamografia diagnóstica é quando a mulher ou o seu médico percebe alguma alteração na palpação e solicita o exame.

 

Nem todo achado anormal significa que seja câncer de mama. Pelo contrário: a maioria dos achados é benigno.

 

Mesmo assim, muitas vezes, é necessária a realização de uma análise do tecido (biópsia ou punção) para afastar o diagnóstico de câncer.

  

 

 

Mamografia sem medo. Como o exame é feito

 

Para a realização desse exame, utiliza-se o aparelho chamado de mamógrafo.

 

A mama é colocada entre duas placas de acrílico para espalhar o tecido da glândula, onde é feita uma radiografia.

 

Para ter uma ideia, faça o seguinte: coloque sua mama entre mãos espalmadas e exerça uma pressão firme. Esse é o desconforto que o exame pode causar, mas que pode fazer muita diferença mais para frente. Durante a campanha Outubro Rosa, o autocuidado é trabalhado para encorajar mulheres a realizarem seus exames.

 

Quem realiza o exame é um técnico em exames radiológicos especializado em fazer radiografias das mamas. O médico especialista fará a leitura dessas imagens para verificar a existência de alguma alteração.

 

O melhor período para fazê-lo é logo após a menstruação. Antes, a mama pode estar dolorida ou inchada, o que tornará o exame desconfortável.

 

O exame realizado adequadamente e interpretado por um profissional habilitado será muito importante para a detecção de pequenas alterações.

 

A ultrassonografia, a ressonância e outras novas tecnologias poderão ser indicadas em situações especiais, conforme a orientação do médico.

 

 

 

Biópsias mamárias: quando são necessárias?

 

Embora seja o principal exame para detectar anormalidades nas mamas, apenas uma biópsia poderá confirmar o diagnóstico, se o nódulo é benigno ou maligno.

 

Esse tipo de exame deve ser solicitado por um médico após o laudo do exame de imagem.

 

O relatório traz uma classificação denominada BI-RADS (usada em quase todo o mundo para uniformizar o laudo), que vai de 0 a 6. Cada uma sugere uma conduta específica.

 

Se no laudo constar BI-RADS 4 ou 5, seu médico deverá solicitar uma biópsia.

 

No passado, as biópsias mamárias eram apenas cirúrgicas (ou abertas). Era necessário fazer internação e anestesia.

 

Além disso, o tempo de recuperação e afastamento das atividades era maior, e o procedimento deixava cicatrizes e tinha custo elevado.

 

Felizmente, com a tecnologia foram desenvolvidas as biópsias fechadas – ou por agulha. Esses procedimentos são menos invasivos, menos demorados e menos dolorosos.

 

São realizados em centros diagnósticos com anestesia local. Também não deixam cicatrizes e não deformam a mama.

 

Assim, hoje, as lesões mamárias suspeitas, que precisam ser investigadas, podem ser analisadas por meio destes procedimentos menos invasivos.

 

 

 

Conheça os tipos de biópsia

 

 

Existem três tipos de biópsias disponíveis.

 

Punção aspirativa:  Feita com agulha fina (PAAF), usualmente realizada quando a paciente apresenta bolinhas de água, que são dolorosas ao toque , denominados cistos.

 

Biópsia por agulha grossa: Também chamada de “core biopsia” é um procedimento em que são retirados fragmentos de tecido com uma agulha de calibre um pouco mais grosso que da PAAF, acoplada a uma pistola especial.

Essa é a biópsia mais utilizada para a investigação de nódulos suspeitos observados no exame clínico, na mamografia ou na ultrassonografia.

 

Biópsia a vácuo: A opção mais recém-desenvolvida. Permite realizar remoção de fragmentos da lesão suspeita para análise e, às vezes, até remoção completa. Pode ser utilizada para todos os tipos de lesão e é a melhor para o estudo das microcalcificações agrupadas suspeitas.

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